segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A maldade em mim.


Ela nunca foi boa.
Ela nunca foi má.
Ela foi simplesmente ela o tempo todo.

Ela me fez sofrer.
Ela me fez sorrir.
Ela me fez chorar.
Ela me fez abraçar.
Ela me fez ter aquela raiva.
Ela fez aparecer uma única razão para que o meu dia fosse bom.

Ela nunca foi boa o suficiente para deixar de má.
Mas também nunca foi má o suficiente para que eu esquecesse o quanto ela me faz bem.
Ela é tão maquiavélica que planejou me conquistar e deixou de avisar que se tratava apenas de mim.


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A semana como ela é.





Na segunda-feira tudo já começa feio.
Começa com um regime feio.
Um rotina feia.
Um trânsito feio.
Com sua cara de sono, que sabemos que também não é bonita.

Na terça-feira você já está meio conformado.
Conformado com o regime, que não deu certo.
Conformado com o trânsito, que não vai melhorar.
Conformado com sua cara, que mesmo às 15h ainda é de sono.
Você até ousa e decide confirmar um bar.
Mas conformado, volta cedo.
Afinal no outro dia tem o danado do trabalho, que também está confirmado.

Na quarta-feira você está meio qualquer coisa.
Come qualquer coisa.
Xinga o carro da frente de qualquer coisa.
Se olha e vê qualquer coisa.
Responde o "boa noite" dizendo: - Qualquer coisa.

Na quinta-feira você está carente.
Carente de um café da manhã digno.
Carente de uma pista menos esburacada.
Carente da cama que não tem no trabalho.
Carente do você que só existe aos sábados.

Na sexta-feira você acorda sorridente.
Come hambúrguer no café da manhã e dá aquele sorriso.
Passa duas horas parado no 4º engarrafamento, mas com aquele sorriso.
Olha no espelho e dá aquele sorriso.
Quando seu chefe diz bom dia, com o sorriso você responde :- Sexta-feiraaaa!
E o sorriso vai até você sair de um conhecido estado de transe chamado: fim de semana. 
No fim mesmo, quando Faustão te lembra que você comeu demais e precisa começar um regime amanhã sem falta.