segunda-feira, 20 de junho de 2011

Não tem explicação.



Um beijinho na bochecha.
Bastou isso.  

Lembrou e martelou aquele beijo.
E no outro dia, e no outro, e depois...
Ele não esqueceu. 
Perguntou a Deus e ao mundo se a paixão começava assim mesmo.

Deus disse: -E eu sei?
O mundo disse:
- Quem dirá eu?


E foi então que ele entendeu que aquela alegria dentro do peito era mais complicada do que parecia.
E foi melhor deixar assim... queimando. 



terça-feira, 7 de junho de 2011

Sim Jeannie?!


Major Anthony Nelson e sua querida Jeannie.

Pro meu tio eu era "Amo".

Em homenagem a "Jeannie é um Gênio". Ela chamava o major Nelson assim. 
Eu também tinha um apelido pra ele: "Tiamo". 
Uma mistura de "tio amo" com "te amo". 
Não sei o porquê, mas até hoje acho esse apelido lindo, lindo.

Pra minha tia eu era "love". 
(Mas meu nome completo era: Love Parablovisk Bomblosvisk Theodovisk)
O apelido era uma resposta a como eu fui ensinada a chamá-la: "Titi Love". 
Seria "titia love"? 
Ou uma gíria de uma novela da época? 
Eu não sei. Só sei que de vez em quando pra ela eu sou Camyla. 
Mas até hoje eu nunca chamei ela pelo nome certo, nem se quer ousei chamar de tia. É somente Titi.

Para meus paternos eu era "Mimi". 
(Ou apenas "", um apelido preguiçoso que nem eu)
Até hoje quando atendo o telefone e escuto "" meu peito enche de alegria. 
A explicação mais plausível para esse apelido é minha antiga manha. 
Eu e meus mimimis. 
Mas prefiro achar que era um diminutivo de Camyla mesmo.

Para meu avô e minha tia eu era "Camelô".
(Ou apenas "Melô", e lá vem a história da preguiça outra vez)
Toda vez que ele chegava com as pratinhas pra eu colocar no meu porquinho, ele cantava "Camelô, você é cagarachel". 
Não sei nem se essa música existe, mas ele cantava exatamente assim. 
E ai era melô pra cá, melô pra cá. 
Mas eu mantive a compostura e nunca fui melosa.

Para minha mãe eu já fui muitas coisas.
Por um bom tempo eu pensei que "merdinha pequena" e "faz merdinha" fossem uns apelidos gentis dela. Mas eu não tinha percebido que ela só falava isso quando eu fazia alguma merdinha mesmo. 
Tudo bem eu desculpo ela, porque quando tudo tava tranquilo eu era "florzinha".

Algumas coisas continuam, outras não. Hoje meu tio sem querer esqueceu do tempo e me chamou de amo, eu fiquei com a língua coçando e respondi: - Tchau tio Nadinho.

E os olhos tão aqui cheios de saudade de quando eu era muita coisa.

Meio coração inteiro é melhor que um coração partido.






Nunca, nunca, nunquinha!
Nunca dê todo o seu coração pra alguém.
Não ame demais.
Ame o suficiente.

Um amor por partes. 
Uma parte minha, uma parte sua.
Um coração dado por inteiro pode nunca mais voltar.

Segure todas as  lágrimas. 
Todos o impulsos. 
Segure a cadeira, a cerveja e o que tiver junto.
E assim quando seu coração quiser fugir pro peito de alguém é só recuar.

Talvez isso dê certo. Só falta alguém tentar.