segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Breve.


Por volta das 4h da manhã tudo ficou manso, todo mundo dormiu.
O ar condicionado parou, a luz apagou, a música acabou....

Até mesmo o José, que não tem nada a ver com essa história, achou o "onde".
Ficou só o silêncio preenchendo o quarto, indo de um lado para o outro procurando o que fazer.
Mal sabia ele que ali dentro existiam mais de mil pensamentos inquietos,
somente um pouco calados por não saber por onde começar.
...
Mas isso foi só por volta das 4h da manhã. 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A primeira regra da nossa casa.




Usou, lavou. E nem adianta reclamar.
Poeira, suor, fumaça, café, batom
e aquele pedido que você negou.
Meu amor, sua alma está suja.

A risada malvada que desdenhava.
O bom dia que você engoliu.
A agulha que machucou.
Meu amor, sua alma está suja.

Aquela mentira que você se enganou.
Aquele desejo que derramou.
Pode lavar meu amor, sua alma está suja.

E nem diga que saiu limpinho de casa. 
Porque você deixou nosso amor vazio, sem graça.
Omo resolve, amor.
Mas lembre que sua alma suja.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

7:15 h


Chegou a hora.
O momento em que o tempo esfriou, que o gelo não quebrou
e eu estou quente demais.

E se tudo  virar passado, num ponto cego imaginário,
 eu vou lembrar do que não deixei passar.
Vou levar comigo, guardado, aquele cheiro de pecado.
E aquele arrependimento que nunca desceu pro coração.

Eu vou embora, vou na fé do que eu não vi.
E se o mundo quiser ele acorda comigo.


segunda-feira, 30 de julho de 2012

Amar go.

Aquela rosa.
Aquela música.
Aquele quadro.
Aquela foto.
Aquele poema.

Aquele olhinho fechado.
Aquele sorriso.
Aquele abraço apertado.

Aquilo que só seu amor falava pra mim.

E se ele fica parado, acanhado, calado é um verbo no passado.
Será que ainda vou ouvir?

segunda-feira, 16 de julho de 2012

TPM



É dentro do peito que tudo acontece.
Aquele aperto,
o balanço,
o desespero.

O mundo fora da gente da gira
E a gente pira e vira,
e mira.


Não precisa de razão, só de circunstância.
Uma desculpa para sentir todos os sabores na ponta da língua.
Uma culpa por sentir demais.


E dentro da gente hora vem,
hora vai.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Lupa.



É difícil perceber. 
Talvez porque nossos olhos sejam pequenos demais.
Talvez porque o que a gente quer fica longe demais.

Mas eles estão aí, mudando tudo.
Mudam tudo de lugar.
Eles mudam opiniões, desejos e até aquilo que não tinha jeito.

Há quem diga que eles fazem a diferença.
Eu diria que eles são a diferença.
Porque quando a gente isola cada pedaço,
cada passo,
cada laço...
tudo tem explicação.

Não são só, são detalhes.



domingo, 1 de julho de 2012

Para um dia de chuva.


Hoje o dia pede sol.
Não o que derrete.

O sol que ilumina.


Parecido com um sorriso.
Um sorriso sol.



Desses que aquece a alma.
Desses que esquenta a cama.
Desses que faz o coração pegar fogo.


E pode chover, pode molhar.
Pode até alagar.


Ele incendeia.
De baixo para cima.
Desrespeitando a gravidade.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Aqui



O meu lugar é aqui, é ali.
E ao mesmo tempo em lugar nenhum.
Meu lugar não tem endereço.

Mas fica sempre perto.
Fica sempre ao lado.
Meu lugar é aí, juntinho.

E mesmo de longe, 
Eu vejo meu lugar.
Aquele para acordar e para dormir.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

A pílula.



O dia é do jeito que ela disse que ia ser.
O sexo é do jeito que ela disse que ia ser.
O sorriso é do jeito que ela disse que ia ser.


E se ela não disse, não é.
E se não é, não precisa ser.
Só basta ela, na hora marcada.


Quando é de verdade ninguém diz, ninguém pensa. 
Só sente e se permite sentir.
Pois se é pra sofrer, que sofra até o fim.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

42 e meio.



Eu olho fundo.
Quero saber cada palavra.
E não adianta piscar, mudar de direção, olhar pro lado.
Eu olho até saber de tudo.
Eu escuto com os olhos, mesmo que você não diga nada.
Olho mesmo, sou descarada.
Sou meio míope, mas não tenho medo.
Eu vou até o fim.
Mas por favor, só não me olhe assim.